Pais e especialistas refletem sobre problemas causados por jovens em shoppings de SJC
31/03/2010 11:21De acordo com psicanalistas, os jovens da atualizade sofrem com um vazio de valores
Sexta-feira é o dia em que muitos jovens se encontram nos shoppings. Só que esse hábito vem provocando discussões em São José dos Campos. O Vanguarda TV tem mostrado o comportamento, muitas vezes tumultuado, desses adolescentes. A reação dos shoppings tem sido reforçar a segurança e adotar medidas preventivas. Mas para entender a situação, é necessário que se faça uma reflexão sobre o que está acontecendo.
As idas de Letícia, de 15 anos, aos shoppings de São José dos Campos, se transformaram em motivo de debate na família Soares. O passeio não está proibido, mas se for numa sexta-feira, as regras são bem definidas. “Ela tem uma amiga que ela vai ao shopping na sexta-feira, só que eu sei que ela vai ao cinema, e saindo do cinema ela vem pra casa. Porque a gente deixa na porta e pega e traz pra casa. Se for pra passear no shopping, aí é com a gente”, disse Edézio Soares, pai de Letícia.
Letícia não discorda do pai e entende sua preocupação. Ela mesmo admite que já sentiu medo em algumas situações. “Uma amiga, ela tinha encrenca com algumas meninas. E quando ela passava, as meninas ficavam xingando ela, falando um monte. Elas chamavam a minha amiga pra ir lá pra fora pra conversar, só que essa conversa a gente sabe no que ia dar”, contou a adolescente.
Meninas e meninos estão dispostos a se enfrentar. "Quando eles entram lá, eles ficam se provocando, daí eu falo: ´vamos lá pra fora então pra gente conversar´. Eles são dividos em zona norte, zona leste, zona sul, e a zona norte não vai com a cara da zona sul e então eles brigam entre si", disse Letícia.
O tema movimentou o VNews esta semana. Mais de 80 internautas quiseram opinar sobre a postura dos shoppings diante do comportamento dos jovens. Eles estão barrando a entrada de menores suspeitos.
As imagens de sexta-feira da semana passada (12) mostram grupos enormes de adolescentes e alguns estavam dispostos a quebrar normas, usando cigarros e bebida alcoólica dentro de garrafas de refrigerantes. Em outra imagem, eles oferecem a bebida ao cinegrafista, sem constrangimento.
A adolescência é uma fase de descobertas, isso todo mundo sabe. É quando os jovens deixam de ter um contato constante com os pais para interagir mais vezes com a sociedade. E o problema, segundo os especialistas, surge quando esse jovem não traz na bagagem boas referências.
E a falta de limites e da presença dos pais leva os jovens a esse tipo de postura. Quando estão em grupo ganham força, a força do anonimato. Assim, tudo podem. Mas onde querem chegar?
"É como eu falo, existem duas famílias, uma que é o pai, mãe e filho, que é aquela família que sai junto, que almoça, que janta, que reza junto. E tem aquela família que é internet, televisão e filhos. Então os pais compram computador, colocam no quarto pro filho e acham que o problema está resolvido", disse o pai de Letícia.
O psicanalista Carlos Eduardo Rios convoca a sociedade a refletir sobre o que está acontecendo com esses jovens. "O papel dos pais, dos jovens, das autoridades é repensar. Repensar: ´o que fizemos para permitirmos esse vazio tão grande nessa geração?´ Eu acho que essa geração é marcada pelo vazio. O vazio de presença, porque o ser humano se identifica com aquilo que vem até ele através das pessoas que estão próximas, normalmente é famíila. sempre alguém, que por ser admirado, faz com que o jovem queira buscar identificação com aquele ser semelhante. Acho que existe um vazio de valores", explicou ele.
E o papel do governo em qualquer esfera é dar oportunidade aos jovens também, inclusive, de lazer. Muitos deles reclamam que só têm os shoppings como opção. A Secretaria de Juventude de São José dos Campos tem 130 projetos voltados para os jovens. Em relação ao lazer existem escolas de futebol, oficinas culturais e o Ação Juventude.
As idas de Letícia, de 15 anos, aos shoppings de São José dos Campos, se transformaram em motivo de debate na família Soares. O passeio não está proibido, mas se for numa sexta-feira, as regras são bem definidas. “Ela tem uma amiga que ela vai ao shopping na sexta-feira, só que eu sei que ela vai ao cinema, e saindo do cinema ela vem pra casa. Porque a gente deixa na porta e pega e traz pra casa. Se for pra passear no shopping, aí é com a gente”, disse Edézio Soares, pai de Letícia. Letícia não discorda do pai e entende sua preocupação. Ela mesmo admite que já sentiu medo em algumas situações. “Uma amiga, ela tinha encrenca com algumas meninas. E quando ela passava, as meninas ficavam xingando ela, falando um monte. Elas chamavam a minha amiga pra ir lá pra fora pra conversar, só que essa conversa a gente sabe no que ia dar”, contou a adolescente.
Meninas e meninos estão dispostos a se enfrentar. "Quando eles entram lá, eles ficam se provocando, daí eu falo: ´vamos lá pra fora então pra gente conversar´. Eles são dividos em zona norte, zona leste, zona sul, e a zona norte não vai com a cara da zona sul e então eles brigam entre si", disse Letícia.
O tema movimentou o VNews esta semana. Mais de 80 internautas quiseram opinar sobre a postura dos shoppings diante do comportamento dos jovens. Eles estão barrando a entrada de menores suspeitos. As imagens de sexta-feira da semana passada (12) mostram grupos enormes de adolescentes e alguns estavam dispostos a quebrar normas, usando cigarros e bebida alcoólica dentro de garrafas de refrigerantes. Em outra imagem, eles oferecem a bebida ao cinegrafista, sem constrangimento.
A adolescência é uma fase de descobertas, isso todo mundo sabe. É quando os jovens deixam de ter um contato constante com os pais para interagir mais vezes com a sociedade. E o problema, segundo os especialistas, surge quando esse jovem não traz na bagagem boas referências.
E a falta de limites e da presença dos pais leva os jovens a esse tipo de postura. Quando estão em grupo ganham força, a força do anonimato. Assim, tudo podem. Mas onde querem chegar? "É como eu falo, existem duas famílias, uma que é o pai, mãe e filho, que é aquela família que sai junto, que almoça, que janta, que reza junto. E tem aquela família que é internet, televisão e filhos. Então os pais compram computador, colocam no quarto pro filho e acham que o problema está resolvido", disse o pai de Letícia.
O psicanalista Carlos Eduardo Rios convoca a sociedade a refletir sobre o que está acontecendo com esses jovens. "O papel dos pais, dos jovens, das autoridades é repensar. Repensar: ´o que fizemos para permitirmos esse vazio tão grande nessa geração?´ Eu acho que essa geração é marcada pelo vazio. O vazio de presença, porque o ser humano se identifica com aquilo que vem até ele através das pessoas que estão próximas, normalmente é famíila. sempre alguém, que por ser admirado, faz com que o jovem queira buscar identificação com aquele ser semelhante. Acho que existe um vazio de valores", explicou ele.
E o papel do governo em qualquer esfera é dar oportunidade aos jovens também, inclusive, de lazer. Muitos deles reclamam que só têm os shoppings como opção. A Secretaria de Juventude de São José dos Campos tem 130 projetos voltados para os jovens. Em relação ao lazer existem escolas de futebol, oficinas culturais e o Ação Juventude.
Fonte: Site Vnews
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